sábado, 30 de maio de 2009

Interstício 5322

O espaço vazio que nos move a completar.
A fenda aberte entre o corpo e a alma.
Estamos diante à essa brecha todos os dias, basta a nós preencher.
-só não sabemos como.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Colheitas.


Meu coração declama um belo poema.
Um poema meu, que nunca será escrito. Poema egoísta em si, que não se cansa de versos e recortes.
Passo horas e horas cantando e tentando escrever esta linda obra.
Mas é maior que eu - e cabe em mim. Maior que as palavras.
De fato, a grande obra é nossa imaginação. Seria injusto eu escrever este poema, sem deixar que nada escape, ou que o Mundo nos acrescente. O que imaginamos e sentimos é muito maior.
É preciso dicionários e tablaturas para que tudo se torne legível. Enganaria a você caso mostrasse meus versos cheio de onomatopéias de dores e gozos.
Agora não estou mais preso a estrofes, e escuto o poeta dentro de mim declamar bem baixinho em minha solidão. Meu coração declama um belo poema - Que talvez você já mais irá conhecer. Desculpe.
Não posso esconder palavras e números aqui. Hoje eu vou rir e chorar horrores de minhas piadas , de meus filmes, de meus sonhos que nunca foram escritos por falta de espaço. Não estou os velando. Também sou papel. Também sou livro. Leia-me.


Chegue mais perto, escute.
Este é o poema. Meu coração o declama.
É tempo de colheita.

Viaje através de mim por nossos sonhos, cada vez mais cantados.