quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sonho número oito.


Ele estava dormindo, e acabava de sonhar que sua alma saia do seu corpo, pairando sobre sua cama... Atravessou o seu telhado. Ele poderia fazer tudo, entrar na casa que quisesse e viajar pra mais longe que fosse. Estava mais distante. Foi quando resolveu voltar, e entrar em seu quarto para observa-lo dormindo, coisa que ele julgou incapaz de acontecer, puxou uma cadeira, e acordou com uma zoada de um móvel ao lado de sua cama.

domingo, 25 de maio de 2008

Release 24 de maio.


Segurar o sol.
Não é fácil... é quente e pesado. Mas é excitante e gostoso, a luz forte nos envolve, e brincamos com aquela bola de fogo.
Até que cansamos.
E o sol caí, se põe, e fica em pedaços pelo chão.
Cacos de vidros brilhantes.
Chega a noite.


24 de maio. É como se eu tivesse ido 'do céu ao inferno' em frações de segundos. Após derrubar o sol no chão, tive que apoiar a lua, e dessa vez sem mãos que me ajudasse.
Entre tanto fala-fala, encontro e reencontro das almas expressa por músicas e ditados.
Era a saudade morta em abraços e feridas.
Era o fim, a despedida, o adeus.

Brincamos com o o sol, porque não brincávamos com o amor.
Na volta, me falaram sobre a metáfora, inventada na hora, do livro.
- 'Já era hora de dar um ponto parágrafo ou fecha-ló?'
- 'Você pode fechar o livro, e escrever outro com o mesmo título'
Mas era o medo de fechar o livro e manchar tudo com a tinta ainda fresca.
Era a saudade.
Era uma criança tentando escrever.
E escrevi, sem medo de errar.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

199.

Eu gostaria de reclamar porque sapo se chama sapo, e não se chama escrilás.

Aproveitando o espaço, e o tema, gostaria de reclamar sobre os animais que do feminino para o masculino mudam bruscamente. Vaca e boi (passará a se chamar vaco)? Casal 20 poxa.
Cavalo&cavala, Galinha&Galinho... também tá incluído nesse meio o homem e a mulher, mas ainda não sei do que chamar.

Sobre nomeação de animais também, gostaria de reclamar sobre esses animais que só existe um nome para chamar o macho e a fêmea.
Peixe namora com peixa, Tubarão com Tubaroa, Barata com Barato...
Nada de dizer mais que a aranha tava fudendo com a aranha, isso pega mal pô! Aranha&Aranho.

éissoaídorilú.

1º livro machista escrito a lápis!

Em breve, na oficina mais próxima da sua casa.

Só me tira uma dúvida, é 'a' com crase, sem crase, ou tanto faz?!

Alpondra #1


eu tomei rivotril com Maria depressiva.


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alpondra:
de a + poldras s. f.,
pedras de passagem de uma para outra margem de um ribeiro ou rio;
poldras.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ler?

Me lembro que quando mais novo, eu e alguns amigos roubamos um diário de uma menina da nossa classe. Iriamos chantagear a garota para receber dinheiro em troca... mas isso não vem ao caso... o caso é que eu percebi: Por que as pessoas sentem a necessidade de escrever?!
Naquele diário, que era muito pessoal, a menina escreveu tudo com uma caligrafia impecavél e todo dirigido à um suposto leitor... mas já que era pessoal, por que ela escrevia assim?
Passamos dias folheando aquele diário, dando risadas das estórias da menina, liamos como um livro... ela escreveu seus segredos, seus sentimentos, sobre suas experiências sexuais (o que achamos um absurdo para uma garota de 14 anos.... de nossa idade... mas enfim, dizem que as meninas amadurecem mais rápido, e morre também... hahaha.).
Aquela agenda-livro-diário acabava no dia 28 de setembro, o mesmo dia em que a tal fez a perna pela primeira vez (fonte: diário), também me lembro que ela já quis matar toda à sua família, bolou planos e tudo, e que o 'Dia do Fico' para ela tinha sido dia 23 de Junho, porque ficou com mais de cinco em uma festa (o que era segredo, até então...)
O final da estória é que não tinha final. Acho que ela concluiria aquele livro no dia 31 de dezembro, talvez com um 'Vivi feliz para sempre' ou sei lá! Pelo menos eu me senti muito mal depois de ler... é que odeio assistir filme ou ler livros pela metade.
Algumas semanas depois, a menina comprou um diário novo, acho que ela começou pelo dia 29 de setembro... 'Querido Diário, alguns meninos idiotas roubaram meu outro diário... droga.... crianças!... mas hoje vou te contar que me masturbei assistindo 'Pode contar comigo'...' e outras coisas que ela não gostaria que ninguém soubesse, mas ainda assim continuava escrevendo seu livro.

A meu modo; escrever.

Essa é a primeira vez que escrevo sem pensar em algo anteriormente, é... é porque sempre eu escrevo uma história baseada em algum fato que ocorreu comigo, um sonho, haaa! ... Tô escrevendo sem saber o que vem na próxima linha... é porque eu faço isso quando desenho... é... desenhar é diferente, basta um papel e algo que risque que eu me posiciono e vou dando forma, como tô fazendo agora, sem saber, escrevendo... escrevendo sem saber o que escrever.
Desculpa-me se ficar um texto redundante ou sem nexo. Ah! É difícil acompanhar meus pensamentos, sei que algumas coisas ficaram de fora. Eu consigo pensar duas ou mais coisas de vez, e eu sinto sair do meu cérebro vozes, minha, remixadas.
Agora mesmo eu parei uns cinco, seis, segundos pra pular para a próxima linha. Sinto que não vai ser o proposito inicial do texto, então encerro aqui.

Cuidado


Cuidado!
Para não acabar aí parada - sorrindo.
Tá chegando o final, então venha dançar....
Cuidado,
sua maquiagem pode borrar.
Agora vá e morra no espelho,
Caindo aos poucos.
Cuidado pra não ficar sozinha,
A felicidade é falsa,
e toda tristeza você carrega sempre.
Você é triste que fica feliz.
Plástica, frígida.
Cuidado.
Cuidado com você.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Interstício 02

Uma nuvem, uma casa, uma árvore, e um casal de bonecos palitos viviam no desenho riscado pela criança.
Um sol, uma chaminé, flores e frutas complementavam o espaço do papel da criança.
O amor dos bonecos, a felicidade da casa por abrigar uma família alegre, os animais que comiam o fruto daquela árvore, estavam ali... ali, entre o contato do grafite e do papel da criança.