segunda-feira, 30 de maio de 2011

mãos

Há muito tempo não escrevo (não só aqui, meu querido blog).
Já ouvi que escrever é como andar de bicicleta; basta passar uns dias sem andar nas palavras, e as primeiras letras vão cambaleando pela rua em busca do equilíbrio.
É por isso que começo com essa metáfora pobre e barata, até me acostumar com o ato de escrever.
Nunca evolui de forma linear entre os meus textos (logo ainda desenho - desenho porque as vezes não sei escrever, escrevo porque falo muito baixo e nem todos me ouvem), a evolução que aqui ocorre é menor.
Às vezes eu falo tão baixo, mesmo tão baixo, que só sei que estou falando porque levo minha mão ao peito e o sinto vibrar.
Nem todos tocam meu peito.
Outro dia estava sonolento quando senti ele vibrar; vai ficar bem. Bom, na verdade não foi bem isto, mas foi o que entendi. É que além de perder a voz, estou perdendo o tato.
Será a distância?