terça-feira, 2 de setembro de 2014

agosto

só mesmo o carvalho em minha cama poderia me contar em voz de segredo revelado o começo do novo ciclo. Estávamos mortos. Sob o lençol florido nossos corpos finalmente encontravam a paz.


dei ao luxo de dormir mais um pouco, depois de acordar, para aproveitar de mim o que é apenas inconsciente. carnavais internos. pouco a pouco, as palavras foram sumindo até concluir-se em desenhos borrados na parede. Repito, em silêncio, um mantra - de batuque, vira samba.

Tenho medo de que me respondam, de que leiam meus pensamentos, de que nosso corpo, um ao outro, decifrem nossas respirações. Deitado. Mantenho os olhos fechados... PAZ.
minha mão é uma ceifeira e teu cabelo um campo de trigos.