Teus dedos, como compassos, faziam semicírculos no ar, preenchendo o grande vazio do céu sem estrelas com uma dança estranha das mãos.
Sem música, o único som que seguia a louca coreografia era teu riso. Aos poucos, o meu.
Depois aquele silêncio necessário.
Eu queria, ao menos, escrever um poema por dia.
Mesmo poemas escritos no ar – como fazem os teus dedos.
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