Tenho pra mim que se este grande mar
segue os princípios da luz do sol sobre a lua, a força que os três exercem em
mim, me divide em mil fases. Devo tê-los conhecido em lua nova. Ou ainda era
lua cheia? Talvez. O mar tranquilamente violento batia ao canto de nossas camas
molhando os seis pés. Água mole, gente
dura, aconteceu. De manhã restou apenas nós dois e ela ainda segurava minha
mão. As ondas haviam levado nossas roupas, nossas vergonhas e todos os outros.
O mar deixou apenas o seu movimento em nosso corpo. E quem conhece o balanço do mar, a Terra sempre parece parada.
Não
adianta muito bem seguir,
disse-me. Você parece estar apaixonado.
Os ponteiros do relógio seguem aquela direção, mas nunca foram setas pra se
orientar. E foi assim que mais uma noite veio e continuávamos dormindo.
Não poderia deixar de notar que a
terra jogava sua sombra sobre a lua aquela noite. Eram trezentos e sessenta e
cinco dias seu ciclo ao redor do sol. E em cada ciclo, em cada manhã, quando o
sol mais uma vez nascesse, não saberíamos qual lado do sol enxergávamos. Nem há
diferença – qualquer lado é uma bola imensa de luz, que ilumina, mas também
cega. Então, pra onde olhar?
Disse ao marinheiro: Para entrar na água, deve olhar a lua entre as estrelas. |
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