domingo, 4 de outubro de 2009

dobrar-se


Meu caro desconhecido,
Hoje eu te encontrei nesta cidade que não é de ninguém. Foi um acaso. Talvez por isso senti sua presença. Há tanto tempo não te via assim, triste e solitário. Te faltava uma mão. E assim, como uma criança. ou como um artista. tu escondia no bolso, como se eu não fosse perceber. Faltava uma parte tua. E você me escondia, como uma criança ou um artista, no sorriso da tela - dos lábios que enganavam as palavras.
Te ver, assim, me deixou forte, é que quando tu tirou tua armadura, eu a peguei e me protegi. Pois assim, estavamos prontos para o combate.
A última vez que te vi, estava tão destraído comigo mesmo. Desculpe. aprendi a me divertir só. a rir de meus pensamentos. Estava tão destraído que levei um susto quando te vi. no reflexo. perdido em mim. Quando, então, me olhou desprezivelmente, me senti como você. sufocado. com as mãos no bolso.
Sinto em ter que terminar por aqui. E deixar tudo tão incompleto. como você.
Escreverei mais, quando te encontrar.

Um grande abraço,
J.L

Um comentário:

Bazar Baú de Presentes disse...

Oi, adorei seu blog, muito bom!
O meu é sobre Cultura e Arte no Recôncavo
da Bahia.
Ah, não esqueci de me visitar, ok?
Te espero!
Boa sorte...