segunda-feira, 15 de agosto de 2011

tu es un garçon fort

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Estava a escrever em uma viagem enquanto uma mulher olhava atentamente à cada movimento da minha mão. Ela não entendia o que eu escrevia (não falávamos a mesma língua - Também se entendesse ficaria encabulada de descobrir que agora falo dela).

Mas ela ME entendia. E éramos cúmplices do mesmo crime. É isto que é escrever. A necessidade de se expressar transcende a própria mensagem. Ela não sabia o que eu escrevia, apenas que eu escrevia. Antes de deixar o trem, ela sorriu para mim como quem diz: Você é um rapaz forte. Fica bem.

Eu retribuí com o mesmo sorriso. E voltei a escrever…

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