domingo, 25 de setembro de 2011

filme

Quando você ver uma foto que tento revelar, lembrará do exato momento em que a tirei. Foi assim: havia a alegria, o riso, e tentei captar. Houve um grande silêncio até que o som da máquina avisou que já não chovia.
Era um dia nublado – desses em que o sol só aparece de vez em quando para dizer que ainda é belo e vivo. Seguíamos em uma velocidade desordenada, às vezes corríamos, e deixávamos o vento brincar com os nossos dedos, às vezes íamos lentos, tentando decifrar o som distante da cidade, às vezes parávamos e tornávamos cúmplices do planeta, às vezes corríamos em busca de belas fotografias… Seguia por entre a natureza, até que houve.
Não sei se é esta a tarefa da fotografia: congelar o momento. Não quero estátuas. Tenho buscado deixar vivo estas memórias.
Geralmente, quando releio o que escrevo, forma-se um riso no meu rosto. Quando revejo as fotografias? Cabe uma lágrima. É saudade.

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