segunda-feira, 26 de setembro de 2011

primeiro.

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Outro dia eu copiei um poema, desses que tenho guardado na cabeça, para que se tornasse meu. Desses que às vezes esquecemos o autor e só existem as palavras - palavra, diferente dos sentimentos, não tem dono. É de domínio público - é de quem tem boca, de quem tem boca ou escreve.

Outra noite, quando liam um poema sob um céu desconhecido, em alguma parte, lugar, olhei só para as palavras dos que têm bocas, para que também tornassem donos. Olhei só para os lábios. Lábios tem dono, coração também. Tempo é domínio público, pertence à ninguém. Nem mesmo aos poetas.                                                           justo.

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